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Sagrados Corações de Jesus e de Maria

Professor Dr. Felipe de Aquino

Professor de Teologia no Instituto Teológico Bento XVI,

Lorena – SP.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é muito anti-

ga; os Padres da Igreja já falavam dela; tudo brota daquele

Coração “manso e humilde” que por nós foi transpassado

pela lança do soldado na Cruz do Calvário. Dele saiu sangue

e água, símbolos do Batismo e da Eucaristia, e também da

Igreja, Esposa de Cristo, que “nasce do lado aberto do novo

Adão como Eva nasceu do lado aberto do primeiro” (Santo

Ambrósio).

A devoção ao Coração de Jesus já era comum na Idade

Média. Santa Matilde e Santa Gertrudes, por exemplo, eram

muito conhecidas por seus escritos sobre o Coração de

Jesus Cristo.

O culto litúrgico ao Coração de Jesus foi promovido por

São João Eudes (1601-1680), autorizado por seu bispo a

celebrar a festa do Coração de Jesus no dia 31 de agosto

nas casas de sua Congregação.

Com as aparições à Santa Margarida Maria de Alacoque

(1647-1690), na França, a devoção teve um grande impulso,

especialmente com o trabalho do padre jesuíta, seu diretor

espiritual, São Cláudio de la Colombiere, grande propagador

da devoção. Era uma época difícil, onde havia uma heresia

chamada Jansenismo, que pregava um cristianismo triste,

onde poucos se salvavam, onde se disseminava um medo

de receber Jesus eucarístico, etc..

Para eliminar essa tristeza, Jesus mostrou seu Coração

humano e misericordioso a Santa Margarida, a qual teve a

graça de ter dele uma visão.

Mais tarde, a festa foi aprovada primeiramente na Polônia

e na Espanha, pelo Papa Clemente XIII em 1765. Depois de

150 anos de enormes dificuldades impostas especialmente