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presos, por professarem a fé cristã. Em seu trajeto foi ape-
drejado até a morte por ser um cristão e, principalmente, por
querer defender o seu Senhor, presente no pão Eucarístico.
Séculos mais tarde, a piedade popular eucarística, para a
qual tinha sido instituído o rito da elevação da hóstia depois
da consagração, continua a se desenvolver, graças particu-
larmente à intervenção de uma religiosa Belga, Juliana du
Mont-Cornillon.
Em 1264, ela obteve do Papa Urbano IV a instituição da
festa de “Corpus Christi” para toda a Igreja do Ocidente. Logo
em seguida, houve a criação do ofício atribuído tradicional-
mente a Santo Tomas de Aquino, em louvor à Eucaristia.
“Terra, exulta de alegria, louva teu pastor e guia, com
teus hinos, tua voz!… Hoje a Igreja te convida: Ao pão vivo
que dá vida, vem com ela celebrar.” (Seqüência - Quinta-
feira / Corpus Christi – 24 versos – Tratado Dogmático da
Eucaristia.)
Ao mesmo tempo, esta nova data proporcionou uma
maior celebração para o louvor da Eucaristia, pois na Quinta-
feira Santa, com a celebração da instituição da Eucaristia e o
lava-pés, a Missa já termina introduzindo a Paixão do Senhor.
O Santíssimo é Transladado da Igreja, e é colocado num taber-
náculo, onde será adorado até a Sexta-feira santa, às 15:00hs,
momento em que começa o rito da Paixão do Senhor.
No Brasil, a Festa de Corpus Christi é marcada por gran-
des procissões e pelos tapetes florais, que são feitos no tra-
jeto onde o Santíssimo Sacramento deve passar. Com alegria
constatamos que, a cada ano, esta manifestação de religio-
sidade popular, vem aumentando.
A festa de Corpus Christi, visualiza o mandamento de
Jesus: “Ide fazei discípulos entre todos os povos, batizan-
do-os consagrando-os ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
e ensinando-lhe a cumprir tudo o que vos mandei. Eu esta-
rei convosco sempre, até o fim do mundo”. (Mt 28,19-20)
“Fazei isto em Memória de Mim”. (1Cor 11,24-25)
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