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pelos jansenistas e o terror da Revolução Francesa, em 1856,
Pio IX instituiu a festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus,
propondo a consagração do mundo ao seu Coração. Pio IX
estendeu a festa a toda a Igreja e concedeu indulgências
especiais aos que portassem o escapulário com a imagem
do Sagrado Coração. Em 1889 foi elevada a categoria de
primeira classe por Leão XIII. Paulo VI a elevou a categoria
de solenidade, e atualmente, a festa do Sagrado Coração é
na sexta feira da Oitava da festa de Corpus Christi.
Esta solenidade nos convida a contemplar esse Coração
de Jesus que tanto amou aos homens, e que está aberto
desde a cruz para que nos aproximemos dele: para consolá-
lo com pequenos gestos de amor e sacrifícios, porque não
é de poucos que recebe ingratidão e desprezo; e depois,
para imitá-lo nessas virtudes: humildade, mansidão, cari-
dade e misericórdia.
Nesse Coração, como nos diz o Evangelho, encontrare-
mos descanso para os nossos sofrimentos, alívio para nossas
dores, remédio para nossas doenças. “Vinde a mim todos
que estais cansados...” (Mt 11,28).
A piedade ligada ao Coração de Jesus está em união
com a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Muitos
santos recomendaram esta devoção: São João Eudes, Santa
Margarida Maria Alacoque, São Luís Grignion de Montfort,
Santa Catarina Labouré e São Maximiliano Kolbe.
Jesus e Maria nunca se separaram. Disse o Papa João
Paulo II que “Maria foi a que mais cooperou com a Redenção”.
Ela gerou o Verbo humanado, e aos pés da Cruz o oferecia
em sacrifício pela nossa salvação. Os dois corações estão
entrelaçados. Nas aparições de Nossa Senhora, tanto em
Fátima como na França, ela mostra seu coração cheio de
compaixão pela humanidade.
À Irmã Lúcia, em Fátima, no dia 10 de dezembro de
1925 ela falou, por exemplo, da devoção dos cinco primeiros
sábados. São cinco, os primeiros sábados, segundo revelou